quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Com um olhar

Menina da vila, da família, da casa bonita, do chão de madeira ,vinham os desenhos, muito doente a menina não encomodava, bastava ficar boa pra moleca virar.
Mesmo em meio a prédios a menina não parou, nem ela sábia, mas nos Bancários todo mundo conhecia Caroline.
Rostinho de anjo e uma diabinha, morde e lanhar parou de tanto as orelhar queimar, e sábia brincar e imaginar, queria ser tudo e tudo foi, de apresentadora a professora.
Quando no fim do mundo chegou a menina se encantou, de volta a uma casa em Belém na areia e , de pé no chão, tinha pátio pra correr, mas a menina era da rua até a lua aparecer.
Já criada em meio aos passarinho e galos de briga desde bebê, teve muito mais... veio coelhos, viveros, cavalos, leite de cabra pra tomar, até em mula jenetiou e claro foi jogada longe, mas firme e forte se levantou, e depois o relho de couro branco o pai para outras mãos passou.
Não tinha medo de nada era atrevida e se arriscava, até banhos no guaíba tomava.
Das bonecas, as bolitas, do futebol uma paixão, como a dança que era livre nas mãos de um peão.
Dos campos que corria, voltava sem parte da orelha, com galo na cabeça, parou se não, não iria mais aos rodeios.
Nos escoteiros aprendeu a dar nó, e colocar a força na corda e subir, gastar ainda mais energia a menina era alegre ali.
Vezes forte, outras chorona, dengosa, apelido este, que anos depois veio a ganhar na capoeira, já que na natação o dedo quebrou ao nadar de costas.
Atrapalhada, outras desajeitada a menina de olhar marcantes, de olhos verdes herdados da avó, meiga e carinhosa gostava de cantar, como até hoje que nem o sorriso que não mudou, contínua o mesmo e ficou.................

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